A ideia é irmos a um monte de churrasco pelo Brasil durante 1 ano
e tirarmos disso um documentário.
Não interessa carne, técnica de preparo, cozimento, nada disso.
Porque churrasco no Brasil não tem nem a ver com carne.
Nem grana pra comprar carne a gente tem mais.
O que a gente quer é só sentar um pouco,
abrir uma, ver os amigos, falar merda, deixar a coisa rolar.
É disso que se trata o documentário: ver um monte de gente diferente falando
o que dá na telha, zoando com o outro, tretando, fofocando, sacaneando,
falando de política sem saber nada, chorando, cantando
e conversando com a gente como se fôssemos um des amigues.
É churrasco no sítio, churrasco de igreja, churrasco na sacada do prédio, na firma,
churrasco de gaúcho, de manauara, de pernambucano, na laje, na mansão,
na escola, na contabilidade, na estrada, vegano, onívoro,
churrasco de caminhoneiro, de pedreiro, de costureiro,
churrasco de família, de amigos, de irmãos, de vizinhos e
churrasco de gente solitária.
Porque nesses tempos de distanciamento, de isolamento,
de isolamento mental, de isolamento emocional, de isolamento pessoal,
é bom lembrarmos um pouco de como são belos e caóticos
os encontros físicos.